Conselho

Se eu pudesse dar um conselho sobre a gravidez seria, além de usar filtro solar: cuide da sua alimentação.

A gente  sabe, já escrevi no blog inclusive, sobre o quão importante é para o bebê que a mamãe se alimente corretamente, em prol da sua boa formação desde o princípio.

Mas a gente fala pouco do quão importante é, para a mulher, estar em boa forma física no fim da gravidez. O sobrepeso para mulheres grávidas traz uma série de complicações. Aliás, não só para as mulheres grávidas, mas não é disso que quero falar, afinal não sou médica especialista para abordar o assunto com tanta propriedade. Quero falar, sim,  da minha experiência.

Como muitos já devem saber pelo tanto de vezes que mencionei no blog, fiz redução do estômago e emagreci 41 kg. Um dos motivos que me levaram a decidir pela cirurgia foi exatamente o desejo de ser mãe: eu sabia que com o peso que estava – 115 kg – seria complicado engravidar, e depois de grávida, teria uma série de possíveis problemas.

Desde a cirurgia, agradeço todos os dias a mim mesma por ter encarado o processo todo. Embora algumas pessoas ainda pensem que a gastroplastia é um caminho fácil para o emagrecimento, quem por ela passa sabe que as coisas não são tão simples. Nós passamos por várias adaptações, dificuldades, desconfortos – muitos dos quais, inclusive, nos acompanharão por toda a vida – para conseguir nosso objetivo. Mesmo com tudo isso, continuo dizendo que vale a pena cada segundo. E agora, grávida, tenho cada vez mais convicção disso.

Estou no oitavo mês de espera do meu baby e engordei quase 9 kg. Totalmente dentro do que eu pretendia pra mim. Mas não sei se conseguiria isso se não tivesse meu estômago reduzido, porque há de se convir que a fome é grande – cada vez maior aliás! E, claro, se eu disser que minha alimentação é 100% perfeita o tempo todo eu estaria mentindo, mesmo porque sou do tipo que tem vontade de comer muitas coisas ao mesmo tempo. Mas sou ciente de que, se estou chegando no fim do prazo dentro do que eu planejava aumentar de peso e dentro do recomendável, é graças, em maior parte,  ao meu esforço.

Mas o esforço compensa. Eu fico imaginando (ou melhor eu nem imagino e nem tento muito!) o tamanho do desconforto que sentiria se tivesse engordado tipo uns 15 kg ou mais. Embora antes eu tivesse passado dos 100 kg, acho que eu não sentia todo esse peso no corpo. Em contrapartida, sinto agora, tudo na barriga. Me sinto às vezes do tamanho de um elefante, ou coisa parecida, não pelo tamanho, mas pelo cansaço.

Por isso reforço meu conselho de cuidar da alimentação. Lá pelo oitava mês você, suas pernas e suas costas  vão agradecer  por não ter comido tanta coisa quanto gostaria e ter abdicado de algumas delícias, eu aposto!