Ontem me peguei numa situação delicada: o Fernando me perguntou se eu ando conversando com o João Otávio, e minha resposta foi lógica: sim! E aí ele me pediu pra ver como e o que eu converso.
Confesso: desde antes de eu engravidar eu já vinha conversando com meu futuro filho. Como acredito em reencarnação, nas minhas orações já vinha dizendo que eu estava me preparando para recebê-lo e que cumpriríamos juntos o que precisamos nessa vida.
Depois que soube que estou grávida, mantive o hábito das conversas, sempre em pensamento. Sei lá, se ele está dentro de mim e o que eu sinto influencia nele, ele deve ouvir minhas conversas em pensamentos – embora às vezes eu tenha dúvidas se é bom mesmo ele saber tudo o que eu penso, porque olha, é muita coisa pra um bebêzinho em formação! Mas conversar em voz alta, assim propriamente dito, eu não faço. E na verdade, nem sei como começar.
Acontece que, segundo o nosso oráculo BabyCenter, nessa fase da gestação o bebê já escuta coisas e passa a identificar a voz da mamãe e do papai. E o Fernando conversa tanto, que é claro que a voz dele, o Jotinha já deve reconhecer de longe. Mas e a minha? E se depois de nascer, ele não souber que sou eu? Bom, como toda boa mãe, fiquei cheia de culpa e resolvi treinar. Aí o fernando sugeriu que eu lesse um livro pra ele – O Pequeno Príncipe, é óbvio! – e eu adorei a ideia. Hoje à noite eu começo!
Na verdade, ontem eu já comecei a treinar – por total insistência do paizão aqui de casa – mas eu acho muito estranho. Me sinto meio “tola”, sem nem saber se ele entende o que eu falo. Bem se vê que eu nunca tive muito jeito com criança, né! To treinando, e vou chegar lá, em alto papos com o João Otávio ainda na barriga. O que tranquiliza nisso tudo, é a que a linguagem mais importante de todas, a do amor, eu sou craque e aí a gente se entende muito bem!
*Mas só pra garantir: alguém tem mais uma dica de como eu posso começar as conversa?