Crises da gravidez, Parte 2

Ontem comentei por aqui que durante o fim de semana passei por duas crises.

 

Pois bem. A segunda crise começou, na verdade, durante a semana e teve um desfecho no domingo. Acontece que, sem muitas amigas próximas grávidas, eu acabo me sentindo um pouco sozinha. E vivendo uma fase completamente diferente dos meus melhores amigos, me sinto numa ilha deserta.

Domingo fui numa festa, em que estavam alguns conhecidos. Se antes eu era das simpáticas, que sai conversando e fazendo amizades em qualquer evento, agora é a situação é outra. Meu assunto é muito diferente de todo mundo, minha fase é outra e nem tenho pique mesmo pra acompanhar a galera.

Enquanto vejo meus amigos e amigas se prepararem pra sair pra balada e nas intermináveis operações verões de todos os anos, eu me vejo dormindo às 9 da noite e me programando pra passar o verão na Caeira da Barra do Sul (longe e isolada da maior parte do mundo). E, eu admito, de vez em quando isso dói.

Um dia me falaram que é como se a gente entrasse numa comunidade secreto. E eu imagino mesmo que deve ser assim. Ao mesmo tempo que tenho visto muitas mulheres grávidas, tem horas que a solião e a carência batem forte.

É normal, eu sei. Principalmente porque a vida segue pra todo mundo. Mas sentir as pessoas se afastarem é estranho e doloroso. E não poder acompanhar os amigos de antes também.

Domingo me bateu uma saudade de estar como todo mundo – e claro, junto veio a culpa por me sentir assim. E me dei conta que é aquele tipo pior de saudade, que a gente sente e sabe que realmente não vai viver aquilo de novo.

Não tenho dúvidas de que estou vivendo o momento mais especial e maravilhoso da minha vida. Mas nunca soube lidar com esse sentimento de solidão. Todos os dias, alguém me dá parabéns e deseja luz e saúde pro Jota – e isso é uma das coisas que mais gosto da gestação, porque me sinto realmente muito querida pelas pessoas. Mas sinto falta de ter com quem compartilhar essa fase incrível. Graças a Deus, tenho um homem muito especial ao meu lado, que me acompanha em todas as fases. E a Internet, que me faz sentir um pouco menos isolada do mundo.

Crises da gravidez

Esse fim de semana, tive duas crises de gravidez. Vou escrever sobre elas em textos diferentes.

 

A primeira crise se deu por dois acontecimetos. o primeiro foi por uma saída às compras de roupas para gravidez. Logo no primeiro vestido que provei, levei um susto: eu me vi completamente redonda. Depois do susto e compras feitas, me preparei para ir à praia, e lá estava minha barriga redonda – minha cintura praticamente sumiu – me fazendo entrar em paranóia por causa das mudanças no corpo.

Assim que soube que estou grávida, me ocorreu que eu pudesse passar por uma certa dificuldade em relação as alterações na minha forma. Acredito que isso tenha a ver com a minha redução de estômago, afinal há quase dois anos eu emagreci 41 quilos e vi meu corpo mudar completamente. Não sabia como seria ver meu corpo sofrer outra mudança em pouco tempo. Pois a hora chegou, minha barriguinha começou a aparecer e eu comecei a me apavorar.

Barriguinha!

Ver a barriga crescer é uma delícia, do ponto de vista materno. Aquele serzinho começa a se fazer presente na nossa vida. Mas nem sempre faz bem pra auto-estima: as roupas não caem tão bem, muita coisa não serve e colocar um saltinho pra dar uma alongada, pra mim, é inviável por causa do cansaço nas pernas.

Comecei a me sentir esquisita e desconfortável, quase feia com essas formas arredondadas, seios e quadris crescendo. Eu confesso que, apesar de meu padrão físico não lembrar nem de longe aquele minhonzinho, eu esperava que, por um milagre, só a minha barriga crescesse e nada mais. Aí veio a decepção, já que o corpo inteiro muda – e tudo bem, eu sei que não tem como ser diferente. Mas assusta. E olha que isso é dito por alguém que, no alto de seus 115 quilos não tinha problemas de auto-estima. Então imagina a confusão mental!

O Fernando tá adorando ver minha barriga redonda – tudo bem, eu também adoro, com controvérsias – e minha mãe riu um bocado da minha reação na loja. Algumas coisas da gravidez, por mais que a gente se “prepare”, a gente nunca tá completamente preparada. Honestamente, nem imagino como vou conciliar a delícia do barrigão com o susto da auto-estima, principalmente no verão, em que os corpos ficam expostos. Me resta evitar os vestidos (sério, não dá, a gente fica muuuito redonda!), tentar relaxar e curtir o momento, afinal é tudo por um excelente motivo.

P.s: sobre a outra crise, vou escrever amanhã.

P.s2: apesar da barriga redonda, eu engordei bem pouco até agora, coisa que muito me orgulha!