Eu escrevi aqui como era difícil o início da introdução de alimentos para bebês. E foi mesmo, um dia complicadíssimo, o primeiro com papinhas. Pois bem, mas como tudo nessa aventura de ser mãe, a gente aprende com a prática e com o tempo fica expert na arte de fazer seu bebê comer. E posso dizer: nessa arte, eu tô boa.
Parênteses: às vezes, eu escrevo coisas que fica parecendo que eu sou infalível como mãe – ou pelo menos eu tenho essa impressão. Eu não sou infalível, não sou perfeito, cometo muitos erros, mas faço o meu melhor todos os dias para chegar o mais perto possível de minimizar minhas falhas. E claro, na questão alimentação, não é diferente.
Voltemos!
Eu sei que sou muito repetitiva e falo muito sobre alimentação, mas como já disse várias vezes, essa é uma das coisas mais importantes – ao meu ver – na criação de filhos. É cansativo, exige tempo, dedicação e paciência, mas eu acredito que os resultados serão vistos pelo resto da vida dos pequenos. É um investimento a longo prazo, eu diria. E é também uma forma de demonstrar carinho, afinal não é uma delícia uma comidinha preparada por quem tanto nos ama? Claro, comprar pronto é muito mais prático e eu não condeno, fazer como nossos pais e avós fizeram também é mais fácil, uma vez que basta repetir uma receita que já deu certo. Mas e se pudermos mudar algumas coisinhas e fazer dar ainda mais certo, não é muito mais bacana?
Pois bem. Todos os dias eu preparo o almoço e janta do João Otávio. Exige um quê de criatividade, senão a gente faz todo dia a mesma coisa – geralmente o mais rápido e fácil. E vou admitir: eu sempre gostei de cozinhar, mas no início eu nem sabia por onde começar a fazer a comidinha dele. Então vou escrever umas pequenas dicas que eu li e/ou aprendi com a prática.
Pra começar, é importante ter em mente os grupos que são necessários colocar na comida do bebê todos os dias. O ideal é que a gente siga uma “fórmula” e depois que você aprende essa tal “fórmula” fica ainda mais fácil de fazer. Eu achei uma imagem no Facebook que deixa tudo bem resumidinho, olha que legal:
A partir dessa tabelinha, a gente só precisa ir mesclando os alimentos e testando o que os pequenos curtem mais. Não tem erro. Aí eu já bolei algumas combinações que por aqui são sucesso garantido, vou passar alguns exemplos:
1- mandioquinha, abóbora, frango, cebola, alho, salsinha e ervilha.
2- frango, batata, cenoura, abobrinha, alho e feijão azuki.
3- lentinha, batata, abóbora, cebola, frango e chuchu.
4- frango, arroz, cenoura, batata, cebola, alho e salsa (canja)
5- carne moída, abóbora, cebola. (creme de abóbora)
6- mandioquinha, abobrinha, cebola, cenoura, frango e couve mineira. (a couve mineira eu só cozinho junto, tiro na hora de comer, porque ele engasga.)
Prestem atenção que eu não coloco gordura, viu? É só a própria gordura da carne ou do frango. Aqui o frango é o preferido, carninha moída o baby não aceitou bem. Ainda não testei com miúdos, mas já dei gema de ovo, que ele até curtiu, mas deu dor de barriga depois.
Outra dica importante é que os pediatras dizem que o ideal é que a sopa seja apenas passada na peneira, desde o início. Com o João Otávio, não rolou. O primeiro mês da comida dele, eu tive que passar tudo no mixer, porque caso contrário, ele não comia. Então assim, por mais que não seja o ideal recomendado pelo médicos, não deixa de dar a comida por causa disso. Vai tentando. Desde a semana passada, eu já tenho feito na peneira e ele tem aceitado melhor. Hoje por exemplo eu fiz o seguinte: refoguei o frango, batata, cenoura e alho. Numa panela separada, eu cozinhei o feijão azuki, normalmente. Só misturei na hora de amassar na peneira. Ficou uma delícia e ele comeu tudo.
Outra coisa importante na dieta dos bebês são as frutas. Aqui em casa, são duas porções por dia. Geralmente, eu misturo frutas. O João Otávio adora banana e como é docinha, eu gosto de dar junto com outras frutas, tipo mamão e banana, pêra e banana, maçã e banana e banana com suco de laranja. Também gosto de dar mamão com suco de laranja, as frutas sozinhas e manga – ele AMOU manga! Depois dos seis meses, também pode colocar um pouquinho de farelo de aveia na fruta.
Nos intervalos, sempre é importante muita água e sucos. Suco de laranja-lima com água – eu particularmente não gosto de ar puro – suco de mamão e couve (ele toma tudinho!), água de coco (vai super bem também!). E se tiver com o intestino trancadinho, água de ameixa (coloco duas ameixas secas e cubro com água por umas duas horas, depois é só dar essa água pra ele. Tiro e queda!)
Importante: não coloco açúcar em nada, nunca, em hipótese alguma, ok? E sal vai, de preferência sal marinho, mas é quase nada, não para ficar salgada, apenas para realçar o sabor do alimento.
Outra coisa muito legal que eu fiz, foi congelar sopa. Ao invés de preparar só para um dia, faço uma quantidade maior e congelo as porções na medida certa. Na hora do apuro, se não conseguir cozinhar, precisar sair, se atrasar ou qualquer coisa do tipo, tem alguma coisa pronta. Mas ó, é bem importante identificar nos potes a data de preparo e se possível, quais os ingredientes de cada sopa. Dá pra guardar por até 1 mês no congelador. Uma mão na roda!
Cuidar da alimentação do bebê, eu repito, vale bem a pena e se torna cada dia mais fácil. Se a gente se empolga, dá até pra adotar a alimentação deles pra gente e comer mais saudavelmente, olha que maravilha! Essas dicas facilitam ainda mais a nossa vida, porque tem tudo resumidinho!
Espero ajudar vocês!
P.S sobre as comidas prontas: não condeno, pelo contrário, acho uma ajuda importante na hora do desespero. Mas cuidado para a exceção não virar regra. Sempre tenha pelo menos um potinho de papinha comprada pronta em casa, a gente nunca sabe quando vai encontrar uma emergência.